O blog da empresa Ibercad (representante oficial do software SketchUp em Portugal) publicou uma matéria contando um pouco sobre as etapas vividas pela Quantte na substituição total dos softwares CAD pela plataforma SketchUp PRO + LayOut.
O texto fala sobre as etapas que passamos até poder sentir confiança nos softwares da Trimble para elaborar as peças desenhadas e fornecer todas as informações utilizadas nos planeamentos de obra e projetos da Quantte. Vale a pena conferir este material, clique aqui e leia a publicação! Chegamos a primeira sexta feira de 2018! Agora te faço uma simples pergunta:
Conseguiste fazer tudo o que planeaste para esta semana? ou melhor ainda... Você elaborou um planeamento do que precisava fazer nesta primeira semana do ano? Se conseguistes responder ao menos um "sim", já posso te dar os parabéns! São poucas as pessoas que planeiam as atividades que precisam ser feitas. Mas o tema deste post não é planeamento pessoal, mas sim planeamento de vossas obras. Já ando há mais de 10 anos metido em obras, posso falar que foram dos mais variados tipos: drenagens, terraplenagem, edificações, obras de contenção de encostas, pré-moldados em betão, obras em aço leve e até mesmo a construção de um barco hotel em um estaleiro naval. Foram muitos os ensinamentos que absorvi em cada diferente tipo de serviço, mas um deles estava presente em todos: "Sem planeamento não conseguimos ter uma obra lucrativa e dentro do prazo" Possuir todos os projetos, saber quais os materiais e ferramentas necessários para cada serviço, saber o que será feito em cada dia da obra, definir a data de entrega de cada material construtivo, ter um estaleiro de obra organizado, ter um técnico acompanhando e fiscalizando os serviços realizados: isso tudo parece ser o básico para qualquer profissional ou empresa de respeito, mas é incrível como ainda nos dias de hoje esse cenário esteja presente somente em poucas obras. Desde as minhas primeiras obras eu sabia da importância de cada item listado acima, no entanto, reconheço que nem sempre contava com todos eles. Lembro de ter problemas com projetos mal elaborados, com fornecedores de material não confiáveis, técnicos não preparados para a função e softwares de gestão que mais complicavam do que ajudavam. Tudo isso gerou atrasos e prejuízos, alguns de maior e outros de menor gravidade. Quando comecei a trabalhar com Light Steel Frame, percebi que ter todas essas informações era indispensável para o sucesso de minhas obras e consequentemente de minha empresa. Para quem nunca trabalhou com o sistema LSF, pode parecer que estou exagerando, mas o impacto de um dia de obra parada afeta imenso o planeamento de uma construção. As obras em aço leve possuem uma característica diferente das tradicionais: É composta por várias etapas de curtíssimos prazos e se uma delas atrasa, afeta todo o resto da obra. Estou a falar de atividades que geralmente consomem de 2 a 4 dias para serem feitas. Dou como exemplo as seguintes: Fabricação de painéis, montagem da estrutura, aplicação de revestimentos externos, montagem da cobertura entre outras. Então agora cito um exemplo bem fácil de perceber: Se eu tenho um prazo de dois dias para fabricar os painéis de uma obra e fico com um dia parado por falta de energia ou ferramenta, já terei um atraso de 50% na realização daquela atividade. E isto vai influenciar em todo o planeamento da obra, na data de entrada de outros empreiteiros e na data final da entrega da construção. Trabalhando com obras em aço leve, aprendi que devia fazer um planeamento diário de actividades que deveriam ser realizadas por cada montador em obra. Só assim teria um controlo eficiente dos serviços. Passamos a ter cronogramas diários para a entrega de materiais e para o avanço da obra, pois cronogramas semanais ou mensais não seriam precisos o suficiente para analisar se a obra estava a correr bem. Com a experiência que acumulamos nas primeiras construções, fomos melhorando cada vez mais a qualidade de nossos projetos, planeamentos, preparações de obra e técnicas construtivas. Hoje em dia tentamos fazer uma "construção virtual" com todos as etapas e materiais que serão utilizados em obra, não apenas aço e revestimentos, mas também tubagens, impermeabilizações, acabamentos e etc. Essa mudança trouxe imensa qualidade e produtividade para nossas construções, pois permitiu eliminar erros e omissões que só eram identificados em obra. O ganho com essa maneira de trabalhar se refletiu em serviços mais rápidos, controlo preciso dos materiais construtivos e melhor percepção dos serviços pelos envolvidos na obra. Não é por acaso que a Quantte tem um histórico de obras feitas em prazo recorde. Mas para que pudéssemos chegar a este resultado foi preciso muito trabalho em gabinete, antes mesmo de comprar o primeiro parafuso para a obra. E este é o pensamento que precisa ganhar força daqui para frente: "Para se ter uma obra rápida e de qualidade é preciso ter um bom planeamento de obras!" Esta frase não vale apenas para obras em aço leve, se aplica também as construções convencionais. E se esticarmos a corda um pouco mais, vais ver que se aplica a quase tudo na vida. Por isso, se não tens uma obra para planear, separe alguns horas de vosso fim de semana e planeie a vossa vida para 2018, pois estamos ainda no começo e temos ainda tempo para isso! A Quantte surgiu alguns anos antes da primeira obra sair do papel. Posso falar que a ideia apareceu no final de 2006, ano em que eu estava elaborando meu projeto final da faculdade de arquitetura. Eu buscava um método construtivo menos artesanal, um tipo de obra igual aquelas que encontramos em vídeos pelo YouTube, obras que brotam em poucos dias ou semanas, parecendo mesmo que foram parte de um truque da mágica. Em minha pesquisa a procura de avanços tecnológicos na construção civil, acabei encontrando o recém lançado manual da CBCA (Centro Brasileiro de Construção em Aço) “Steel Framing: Arquitetura”. Lembro de ter devorado o material em pouco tempo. Li e reli cada detalhe para que eu pudesse absorver cada informação contida naquele material. Imagens retiradas do manual "Steel framing: arquitetura" elaborado pela CBCA Naquela altura soube que aquela era certamente a técnica construtiva que eu queria utilizar em minhas obras. Naquela época lembro que minha maior preocupação era encontrar um método construtivo que pudesse ser feito com uma equipa pequena e bem qualificada e essa foi uma das caracteristicas que mais me agradou no LSF. Edificio Aymoré O meu trabalho final de graduação, uma torre de escritórios na cidade de Manaus, foi o primeiro projeto onde inseri esse sistema construtivo. Projetei um edifício com 18 andares que possuia superestrutura em aço laminado, lajes em steel deck e as vedações externas em aço leve. Tudo isso parecia muito novo no ano de 2007 e para alguns clientes finais continua a ser assim até os dias de hoje. Apresentação do trabalho final do curso de arquitetura, onde utilizei pela primeira vez o LFS em projeto. Em dezembro daquele ano apresentei meu trabalho, ganhei o prêmio de melhor projeto e sai dali achando que iria construir minha primeira obra em poucas semanas. No entanto a vida é bem mais complicada do que um jovem arquiteto imagina. Convencer os clientes a construir a própria casa com um sistema construtivo desconhecido era um desafio quase impossível. Foi então que decidi deixar este projeto adormecendo e tocar a vida projetando e construindo com o método construtivo tradicional. Primeira obra Eu sempre fui um arquiteto muito ligado a execução de obras e pouco me chamou a atenção quando no ano de 2010 divulgaram o evento Casacor Amazonas. Não percebi de imediato como uma exposição de designer de interiores poderia ser útil para minha carreira profissional voltada à construção. No entanto, a convite de minha esposa, fui a uma reunião conhecer melhor qual a proposta do evento que iria ser realizado dali a alguns meses. Projeto e edificação concluída da primeira obra executada pela Quantte em 2010. Ao visitar o local, percebi que existia um espaço que teria um grande fluxo de pessoas e que poderia ser utilizado para uma construção de raiz. Após pensar por alguns dias, decidimos propor a construção de uma pequena construção, uma construção que pudesse retratar a nossa visão do que seria um quarto de hotel de selva. Diferente de tudo que existia até então, foi aí que surgiu o projeto do Loft do hotel de selva. A formação da equipa Os desafios para a construção desta obra eram inúmeros: prazo apertado, materiais construtivos vindos de São Paulo (mais de 3.800 km de estrada), falta de mão de obra qualificada e o desconhecimento prático da execução deste tipo de obra. Primeiro curso prático realizado pela Quantte para treinar equipa de obra em 2010 A solução encontrada foi organizar um curso para que eu pudesse ensinar o pouco que eu sabia à pessoas que não sabiam quase nada. Para isso organizamos uma formação com um professor de gesso acartonado. Combinei com ele que aproveitaria algumas informações do curso de drywall e que complementaria as informações necessárias para a execução de uma estrutura em LSF. Foi assim que organizei a minha primeira turma de formação prática de construção em Light Steel Frame. Reunimos 18 alunos e em pouco mais de 20 dias conseguimos passar as informações necessárias e construir nossa primeira obra em light steel frame, uma edificação com aproximadamente 60m2. Lembro da aflição dos colegas arquitetos que pensavam não ser possível fazer uma obra do zero em apenas 40 dias (sim, este era o prazo que tínhamos até a abertura da exposição e a obra precisava estar pronta e decorada!) Desafios Nossa primeira obra foi realmente desafiadora, edificar uma construção de raiz em 20 dias utilizando uma técnica construtiva até então desconhecida de todos, inclusive por mim, foi uma loucura. Mas acredito que esta situação foi o que nos deu coragem para enfrentar vários outros desafios que vieram pela frente: obras no meio da floresta amazônica, estruturas pré-montadas viajando por quilômetros em balsas, construir um barco hotel de 600m2 do zero a pleno funcionamento em apenas 6 meses… Fotos de alguns dos desafios encarados pela Quantte, mas conto melhor essas historias em outro momento. Bem, essas histórias vou deixar mais para frente, a mensagem que eu tinha para passar hoje é que outra: A Quantte não tem medo de desafios! Mudamos para Portugal no final de 2015 em busca de novos mercados. Trabalhamos nos últimos dois anos elaborando projetos, realizando planeamento de obras e dando formações práticas para construtores locais. Neste momento sentimos que estamos preparados para executar obras também no mercado europeu. Percebemos que o aço leve tem ainda um grande espaço para crescer em toda europa. Temos certeza que a Quantte será um importante player neste cenário, seja como construtora, como empresa parceira ou apenas disseminando informações para que todo o mercado de construção em aço leve possa crescer em conjunto. Após contar um pouco da história da Quantte nas linhas acima deixo a você um convite para navegar por nosso site e perceber de que maneira a Quantte pode melhor lhe atender!
ribeira modelo2 By Quantte LSF Modelo »
Na publicação de hoje vou mostrar o projeto de uma casa flutuante que foi desenvolvida para um cliente em Manaus que queria construir uma casa de fim de semana sobre uma balsa.
O piso inferior é composto por sala de jantar e cozinha na zona sem vedações laterais. Na parte fechada existe uma sala de estar, casa de máquina e camarote para tripulação. A área de lazer conta com piscina e solárium. O piso superior conta com 5 suítes e varanda externa para cadeiras de sol. Infelizmente esse projeto não chegou a ser executado, mas foi através dele que fui convidado a coordenar a obra do barco hotel Untamed Amazon Ao clicar na imagem abaixo é possível rotacionar o projeto e visualizar o mesmo por diferentes ângulos. No canto inferior esquerdo também é possível navegar por diferentes vistas ao se clicar no bloco de notas. FLUTUANTE By Renato Rayol Modelo » ![]() Hoje vou contar um pouco sobre a minha vida profissional e sobre a minha escolha em trabalhar com light steel frame. Eu nasci em Manaus, Amazonas e desde pequeno um contacto muito grande com obras. Meu pai é engenheiro civil e sempre teve uma empresa de construção. Além disso, fui criado muito próximo a um tio arquiteto urbanista. Essas experiências com toda certeza me influenciaram a definir minha carreira, o que acabou me levando à graduação em arquitetura. Durante o período em que estive na faculdade, trabalhei na construtora de meu pai. Isso me ajudou muito a ter conhecimentos práticos de obra e também a perceber a melhor maneira ou técnica construtiva para executar os projetos que eu desenvolvia na faculdade. Quando faltava cerca de um ano para terminar minha graduação, participei ativamente do planeamento e execução de uma construção com 6.000 m2 e isso mudou muito a minha maneira de pensar as obras. Era um colégio com vários prédios isolados e que possuía alguns erros no projeto fornecido pelo cliente. Isso fez com que a obra tivesse atrasos e necessitasse de um esforço elevado para a conclusão dos serviços no prazo acertado. Foi nessa altura em que tivemos mais de 300 pessoas trabalhando simultaneamente nesta construção. Esse numero elevado de pessoas, aliado à falta de um planeamento adequado, gerou uma grande dor de cabeça para mim e para os engenheiros envolvidos na obra. Com essa quantidade de trabalhadores era quase impossível ter um controle da produtividade e também dos materiais utilizados na obra. Lembro que esse foi um episódio que me marcou e a partir deste momento, pensei que deveria pesquisar uma técnica construtiva mais "industrializada", que fosse executada de maneira mais rápida e com um menor numero de trabalhadores. Na altura estudei construções que utilizavam estruturas em aço laminado, mas as informações disponíveis eram muito direcionadas aos engenheiros civis e relacionadas ao cálculo de estabilidade. Não encontrei nenhum material voltado aos arquitetos, que pudesse orientar os projetistas na utilização desse sistema. Outra detalhe que me incomodava é que, mesmo utilizando superestrutura (pilares e vigas) em aço laminado, todas as lajes e as vedações ainda eram feitas da maneira tradicional, com concreto armado e blocos cerâmicos. Mesmo não sendo a solução perfeita, achei que valia a pena utilizar uma estrutura de aço laminado no meu projeto de conclusão da faculdade. Para minha surpresa, durante o desenvolvimento deste trabalho conheci o material "Steel framing: arquitetura" que fazia parte da série "Manual de construção em aço" recém lançado pela IBS-CBCA. Esse material me apresentou o sistema de construção em aço leve com uma abordagem direcionada aos arquitetos, contendo muitas informações sobre detalhamentos e adaptação de projetos. Lembro de ter devorado o manual técnico em poucas horas. Com as informações que obtive nesse material, pude concluir meu trabalho de conclusão de curso: uma torre de escritórios com 18 andares com superestrutura em aço laminado e lajes, divisórias e fechamentos externos em aço leve. Esse foi meu primeiro projeto utilizando estruturas em LSF. Não chegou a sair do papel, mas foi uma experiência importante para que eu chegasse onde estou hoje. Apresentação do trabalho de conclusão de curso em dezembro de 2007 Em breve contarei sobre como consegui executar minha primeira obra em aço leve! Se você tem alguma dúvida ou sugestão de assunto, por favor, deixe um comentário. Este é o Blog da Quantte, um espaço que será dedicado a troca de informações que adquirimos ao longo dos anos de estudo, projetos e construções de obras em aço leve.
A nossa idéia é que o blog sirva para disseminar informações sobre o light steel frame. Destinado não somente aos nossos clientes, mas a todos aqueles interessados no assunto, sejam eles curiosos, parceiros ou concorrentes. Por enquanto, todos os textos serão escritos por mim, Renato Rayol, arquiteto de formação, apaixonado pela construção civil e fundador da empresa Quantte LSF. No entanto, quero deixar um convite a todos os interessados em compartilhar informações. Se você quiser colaborar, este espaço está aberto a divulgação de novos conteúdos relacionados a construção a seco. Pretendo abordar nos próximos textos algumas histórias de porque optamos por trabalhar com LSF, como os serviços prestados pela Quantte LSF evolui ao longo dos anos, quais os softwares que utilizamos e como as ferramentas e técnicas construtivas nos ajudaram a melhorar nosso trabalho. Se você tem curiosidade sobre algum outro tema especifico, deixe um comentário abaixo que me esforçarei para lhe apresentar uma resposta. Espero que curtam e frequentem este novo espaço que está sendo criado com o Blog da Quantte. Se este é o primeiro contato que esta tendo com essa empresa, saiba que ja possuimos há algum tempo um canal no YouTube, onde publicamos vídeos de obras e projetos desenvolvidos nos últimos anos. Então é isso pessoal, aguardo vocês nos próximos textos! |
O autorRenato Rayol |